segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

2012, já vais tarde

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Foi uma batalha.

Esta é apenas uma de muitas formas que eu poderia definir como foi o ano de 2012. Deve haver alguma expressão melhor, mas ao invés de buscar por mais delas, me bastarei com esta: foi uma batalha. E sabem o que é pior? É a sensação de derrota.

Provavelmente, 2012 foi o ano mais perdido da minha vida. Foi tão ruim que tem horas que procuro algo de positivo no meio de tanta tribulação e, às vezes, quase não consigo. Talvez até haja mais coisas boas, mas não consigo vê-las na sua devida proporção no momento.

Pior que a sensação de derrota é a noção de que pelo menos 80% da culpa por tanta coisa ter dado errado foi minha. Isso me deixa ainda mais tonto com toda essa loucura que foi 2012.

Em quase todos os setores da minha vida, eu perdi algo. Em alguns desses setores, posso até dizer que perdi tudo. Se fosse pra listar todas as coisas, eu gastaria muito mais linhas do que me atreverei a fazê-lo aqui.

Sabe aqueles anos em que tudo que você deseja é morrer? Não sei se você já sentiu algo minimamente parecido, meu caro, mas posso lhe garantir, é horrível. Sei que é um esparro danado de minha parte, mas a sensação é essa mesmo. Já tive aquela fase típica da adolescência de ver alguma beleza poética no suicídio, mas mesmo tendo superado (e muito) esse tipo de pensamento abestalhado, eu desejei tanto a minha própria morte neste ano que devo ter queimado alguns tempo de vida por antecipação.

O mais irônico é que desde os primeiros segundos de 1º de janeiro de 2012, eu já sentia que o ano seria pesado. Só não tinha noção de que seria tanto... Chegou a ser esmagador em alguns momentos. O segundo semestre, em especial, foi de enlouquecer. Se teve alguma coisa que me salvou foi o meu estágio. Mais especificamente, as pessoas do meu estágio. Se algum de vocês estiver lendo isso, saiba que foram responsáveis por alguns dos poucos momentos do dia em que eu conseguia sorrir. Muito obrigado a todos vocês!

Chego na reta final de 2012 com uma sensação de esgotamento nunca sentida antes. Ao mesmo tempo, um enorme alívio porque ele está no seu final. E com seu fim, um novo começo e novas energias. Quem quiser que ache tabaquice, crendice besta. Mas esses ciclos trazem esperança, e com ela, novas forças para enfrentar os desafios que virão. Foi um ano duro, que deixou cicatrizes em excesso. Mas, tentando ver as coisas por um prisma positivo, para alguma coisas elas vão servir.

Bem, vou encerrando este post por aqui, transmitindo apenas vagamente a bomba que foi meu 2012. Agradeço aos poucos amigos que sobraram, por me aguentarem quando nem eu me aguentava mais. Sobrevivi a este lixo de ano por causa de vocês.

Que 2013 seja vertiginosamente melhor. Que eu possa reencontrar meu sorriso. Que eu consiga chegar no próximo 31 de dezembro muito melhor do que cheguei neste. E para vocês que aguentaram chegar até o fim deste post, desejo tudo de melhor pelos próximos 365 dias.

Até a próxima viagem.


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domingo, 23 de dezembro de 2012

Playlist dos Maias (ou A Ressaca do Apocalipse)

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Post atualizado em 30 de dezembro de 2012, às 04:55

O mundo não acabou na última sexta-feira, o cabalístico 21/12/12 foi um fiasco, os maias nos passaram a perna com esse tremendo golpe publicitário do calendário e tal (nota 10 pra assessoria de imprensa deles, hahaha) e eu aproveitando a pauta mais manjada de 10 em cada 10 blogs e portais de notícias pra atualizar o Caixa da Memória. Lá vamos nós sobrevivendo a mais um apocalipse - até que alguém invente outro, baseado em alguma teoria conspiratória, profética, científica, religiosa ou o que der na telha.

Pois então, até que o mundo acabe (de novo!), a gente pode ficar galhofando da cara do Juízo Final (e da @RealMORTE também!) e ouvir umas músicas naquela vibe "como se não houvesse amanhã", sabe? Vamos a elas:

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Memória Musical: Tigerlily - La Roux

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Porque essa banda foi uma ótima descoberta este ano e o refrão da música diz muito pra mim. Especialmente em "I'll make you top of the list"


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domingo, 11 de novembro de 2012

Bota-fora de mangás, quadrinhos e livros

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ATENÇÃO: lista atualizada. Itens riscados já estão indisponíveis. Vá até os comentários e confira algumas regras novas para caso esteja interessado nesse itens.

Caros leitores do Caixa da Memória, este post será muito interessante pra quem gosta de mangá, especialmente para quem perdeu algum título em tempos passados. Estou me desfazendo de vários títulos da minha coleção e resolvi divulgar por aqui para ter um alcance um pouco maior. Além dos mangás, também estou vendendo alguns quadrinhos e livros.

Todos os itens estão em bom ou ótimo estado de conservação. Se mais de uma pessoa manifestar interesse por um mesmo item (leia-se: coleção), abre-se um leilão e quem der a maior proposta, leva o item disputado. Tanto a ordem da fila quanto os leilões serão controlados através dos comentários. Aviso logo que NÃO VENDO VOLUMES SEPARADOS. Todos os itens estão com desconto no preço de capa - incluindo as raridades, mas nesses, o desconto é menor, pra compensar. 

MANGÁS
MÄR completo, 15 volumes – R$ 100

WarcraftTrilogia da Fonte do Sol, 3 volumes (dã!) – R$ 21


Dark Metro completo, 3 volumes – R$ 18

Busou Renkin completo, 10 volumes – R$ 65

Blue Dragon Ral Ω Grad completo, 4 volumes – R$ 25

Code Geass – A Rebelião de Lelouch completo, 8 volumes – R$ 55

Crying Freeman, volume 1 - R$ 6,5
[promoção: se você comprar uma coleção de mangá a partir de R$ 25 ou comprar duas ou mais coleções, leva este mangá de graça!]

*RARIDADES*

Slam Dunk, volumes 1 ao 12 – R$ 80

Cavaleiros do Zodíaco, volumes 32 ao 48, editora Conrad, primeira edição (a do papel bom), volumes correspondentes a Saga de Hades completa – R$ 80

Éden “completo” (todos os volumes lançados em português até o cancelamento do título pela Panini), volumes 1 ao 22 – R$ 85

Angel Sanctuary, volumes 1 ao 20 – R$ 80

EvangelionIron Maiden 2nd, volumes 1 ao 5 – R$ 25

Berserk, volumes 1 ao 22 – R$ 100

Onegai Teacher completo, 2 volumes – R$ 16

Além dessas, tenho mais duas coleções completas, Chobits (16 volumes) e Cowboy Bebop (6 volumes), que serão vendidas diretamente em esquema de leilão. Quem der o maior lance até dia 30/11/12, leva pra casa. Lance inicial de R$ 70 para Chobits e R$ 25 para Cowboy Bebop.



QUADRINHOS:

Sandman, vol. 4 – Estação das Brumas (editora Conrad) – R$ 75

Bórgia, vol. 1 – Sangue para o Papa (editora Devir) – em esquema de leilão, até dia 30/11/12. Lance inicial de R$ 25

(observação: ambos estão esgotados nas editoras)

LIVROS
A Torre Negra, vol. 1 – O Pistoleiro – Stephen King - R$ 30

Fronteiras do Universo, vol. 2 – A Faca Sutil - Philip Pullman - R$ 30

Coletânea de Crítica Musical – vários autores - R$ 20
[este último foi produto de trabalhos realizados na disciplina de Crítica Musical,  no curso de Jornalismo, da qual participei; é o único item deste post que não teve desconto no preço de capa]


A quem for do Recife e Região Metropolitana, os detalhes de entrega serão combinados por email. Se você é de fora, o valor do frete será acrescido à compra, pois não tenho como arcar com esse custo por você. Esse valor será devidamente informado através de email. Vou pegar umas dicas com o pessoal da editora Redbox e da editora Retropunk pra fazer o frete mais barato possível. Além de muito competentes no trabalho editorial com RPG, eles também entendem dessas burocracias.

É isso, gente. Espero muito vender todo esse material essa semana ainda. Se você não curtiu nenhum dos produtos listados, mas tem um amigo, parente, enfim, alguém que possa se interessar, mande o link deste post para a pessoa. Mesmo que ela já tenha alguns deles, ela pode conhecer alguém que não tenha, repassar e assim por diante.

Ajuda aí, pessoal! 

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segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Memória Musical: Set the Fire to the Third Bar - Snow Patrol feat. Mariana Aydar

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Porque a letra desta música mais a presença de Mariana Aydar dividindo os vocais me lembrou alguém que me faz muita falta.


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domingo, 30 de setembro de 2012

Semana Internacional do Livro - Seus 10 Livros de RPG

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Diogo Nogueira, do blog Pontos de Experiência e um dos caras que melhor escreve sobre RPG na blogosfera atualmente, teve uma iniciativa bem bacaninha para aproveitar a Semana Internacional do Livro (24 a 29 de setembro). Abaixo, segue o texto dele na íntegra, explicando como funciona:

"Como estamos na semana internacional do livro, resolvi propor um brincadeira para vocês que vi sendo feita algumas vezes entre blogueiros lá e fora. Basicamente fazemos uma lista com dez livros de RPG, entre todos que possuímos. Esses são os seus livros favoritos, aqueles que você levaria para qualquer lugar que fosse se mudar, se não tivesse como levar todos. E aí? Topam a brincadeira?
Atenção para as regras da lista:
Você deve possuir esses livros fisicamente, não vale PDF (se acontecer um cataclisma tecnológico, como você vai jogar com eles?) ou livros que você adoraria possuir; Não precisa ser necessariamente um livro, pode ser um Boxed-Set (que acabe contendo mais de um livro), mas deve ser um único produto (ou seja, se por acaso você comprou um promoção que vieram vários livros juntos, mas, normalmente, eles são vendidos separados, não conta); Podem ser livros nacionais ou importados, de qualquer sistema de regra, de qualquer tipo de ambientação, basta ser de RPG; A cada escolha, fazer uma breve explicação do porquê da mesma, bem simples e rápida."

Bem, como quase não comento nada de RPG aqui no Caixa da Memória, pelo menos não de forma mais pessoal, como Diogo e tantos outros fazem (e bem) por aí, me arrisquei a fazer minha lista. Nos 49 do segundo tempo, mas tá valendo. ;)
Vamos aos escolhidos, então...

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

O Hobbit - Trailer 2

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Quem está ansioso pra ver esse filme? Quem? ;)
A estreia de O Hobbit - Uma Jornada Inesperada está marcada para 14 de dezembro de 2012.


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sábado, 15 de setembro de 2012

Fito 2012 - Deslumbramentos e incômodos

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Recife está recebendo nesse final de semana o Festival Internacional de Teatro de Objetos, o Fito. Pela segunda vez na cidade, o festival traz um tipo de teatro que pode até causar certo estranhamento de início, mas que logo conquista pela sutileza e criatividade. Na verdade, estranho é se causar algum estranhamento, já que o tal teatro de objetos é algo que todos nós já fizemos um dia, em nossas brincadeiras de infância: usar objetos absolutamente comuns para encenar uma história, dando-lhes características especiais. Quando pirralho, por exemplo, eu tinha o péssimo hábito de brincar com um daqueles pegadores de macarrão (acho que servem pra salada também), transfigurando-o num monstro colossal que aterrorizava e devorava pobres soldadinhos verdes (sabe aqueles de Toy Story?), super-heróis de plástico e bonecos de Comandos em Ação.

Mas voltando ao que interessa, ao #Fito2012, pude assistir a dois espetáculos (lembrando que é tudo de graça, hein?). O primeiro deles foi "Assalto", da Cie. Bakelite. Raras vezes eu pude ver tanta criatividade num curto espaço de tempo e de forma tão simples. Como o nome já diz, "Assalto" conta a história de um grande golpe que poderá tornar milionários dois bandidos de rua. A história é mirabolante, com direito  a escalada de prédio, assassinatos, arrombamento de cofres e tudo mais que uma boa trama do tipo merece. Se isso já não fosse motivo suficiente para assistir a peça, "Assalto" ainda conta com um bom humor fantástico, com momentos simplesmente hilários.

Cena de "Assalto", da Cie. Bakelite
O segundo espetáculo que tive oportunidade de conferir foi "Transporte Excepcional", da também francesa Beau Geste. O dançarino Phillippe Priasso contracena com uma retroescavadeira num inusitado dueto homem-máquina. A coreografia é no mínimo emocionante e nervosa. A máquina parece ganhar alma enquanto o espetáculo se desdobra, a um ponto que ela passa a ser, na cabeça de quem assiste, uma criatura tão viva quanto seu par. Fora que ver um homem suspenso no ar por uns 10, talvez 15 metros, sem nenhum cabo ou rede de proteção, é desafiador ao extremo.

Incômodos - Claro que como qualquer evento que se preze, o Fito não passaria sem pequenos chatices que poderiam ser evitadas. A primeira delas se refere a organização das filas. Acho muito improvável que algum recorde de furar filas não tenha sido quebrado hoje. É tanta gente querendo ver as atrações do festival e tão pouca delimitação de espaço que as filas das cinco salas acabam se tornando uma grande confusão pra quem chega ao Marco Zero. Nada que com um pouco de pergunta aqui, pergunta ali não resolva. Mas caramba, custava ter gasto um pouco mais na produção do evento pra criar  uma estrutura que organizasse nesse ponto? É uma coisa tão caótica que quando você sai da bilheteria e corre pra (outra) fila da respectiva sala, a impressão que dá é que você deve ter perdido uns 10 a 15 lugares na sua frente. Tipo, ninguém que estava na ordem da bilheteria ficou na mesma ordem da entrada. 

Outro problema, bastante notável em alguns trechos de "Assalto" e menos em "Transporte Excepcional" é a sensação de problemas no vídeo, no caso da primeira, e de áudio, no caso da segunda. "Assalto" tem vários trechos falados em francês, com uma tradução exibida em vídeo (e por vezes errada, perceptível até pra quem tem um nível ridiculamente básico de francês, como eu). O problema é que em houve trechos em que o ator falava alguma coisa e o telão ou não mostrava nenhuma palavra ou estava visivelmente atrasado em relação à fala do ator. Nada que comprometa demais o entendimento, mas irrita mesmo assim. Já "Transporte..." tinha transições de áudio que acompanhavam pequenas mudanças na coreografia, e durante essas transições, parecia que havia um enorme buraco entre as músicas. Não sei se esse silêncio é intencional ou se foi falha mesmo do sistema de som. No segundo caso, é algo pra organização corrigir bem depressa, do tipo "pra ontem".


Dicas de sobrevivência
Aqui vão algumas dicas baseadas na minha experiência de hoje no Fito. São poucas, mas creio que serão úteis.

-CHEGUE CEDO! As filas são enormes, parecia mais que ia ter show de Nação Zumbi com retorno de Cordel do Fogo Encantado. Se você for para ver algum espetáculo específico, CHEGUE MAIS CEDO AINDA! As salas tem vagas bem limitadas - a 5, onde assisti "Assalto", tem algo em torno de 130 lugares - e o risco de você perder o que quer ver pela quantidade exagerada de público pode frustrar seu fim de semana.

-A dica acima vale também com relação a fila da entrada nas salas. Chegando mais cedo, você aumenta a sua chance de ficar mais na frente na hora de entrar, pegando lugar nas primeiras filas. Quando assisti "Assalto", fiquei lá pela quinta fila, o que tornou certos trechos da peça impossíveis de assistir a menos que se ficasse em pé, pois eram realizados no chão do palco - e convenhamos, depois de passar quase hora numa fila, ainda ter que ficar em pé pra poder ver uma peça é meio demais, não é mesmo?

-Nas atrações exibidas em praça pública, procure alternativas. Para assistir "Transporte...", por exemplo, eu fiz uso pela primeira vez na vida do maloqueiro style e subi naqueles batentes da Associação Comercial de Pernambuco - também conhecido como aquele prédio entre o Santander Cultural e a antiga bolsa de valores (que agora também é um centro cultural vinculado a algum banco, mas o branco na memória aliada a preguiça me impedirão de procurar no Pai Google a resposta. Façam essa forcinha aí e descubram, beleza? ;P). Outras pessoas que estavam junto a grade que separava o público da área da exibição [evitando que as pessoas fossem atingidas pelos giros do braço da retroescavadeira], com orientação do apresentador do festival, sentaram-se no chão, o que não só as acomodou um pouco melhor como permitiu a quem estava atrás conferir sem o tradicional "quebra-pescoço". O negócio é não assistir de qualquer jeito nem atrapalhar os outros.


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quinta-feira, 30 de agosto de 2012

O tropeço de Ascensão das Trevas

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Atrasadíssimo este olhar sobre Ascensão das Trevas, reconheço. Mas é a vida. Blogueiro profissional, só o lindo, maravilhoso & vitaminado dono da Caixa da Memória!*

[*Obs: deixa de ser babão, João! kkkk]

Bem, há alguns séculos eu compartilhei com os prezados leitores minhas impressões sobre Innistrad. E agora vamos à continuação do Bloco.

Primeiramente, a arte segue uma beleza - cemitérios enevoados, olhos que brilham no escuro, inquisição, exorcismo, madrugadas, espíritos - até uma sessão espírita apareceu! -, aldeões de chapéu lutando contra as criaturas da noite (ou se transformando em lobisomens, dependendo da lua)... Não gostei muito das ilustrações das cartas azuis, talvez porque retratem mais humanos. Nos cards verdes, as florestas ao fundo seguem sombrias ou noturnas, quando os lobisomens são mostrados. Já os cards vermelhos mostram muitos humanos, lobisomens, lobos,  diabos (:D) e fogo! Na cor preta os destaques são: caveiras, zumbis, luas cheias, vampiros... perderam para a cor branca na categoria de cartas mais bonitas.

Agora, ao que interessa!

terça-feira, 3 de julho de 2012

Paintball nível EXTREME

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Isso é que é levar um hobby até o limite!



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sábado, 30 de junho de 2012

Game of Thrones - Uma canção dos Lannister

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Que a segunda temporada de Game of Thrones foi fodástica, ninguém que tenha assistido duvida. Mas se teve um momento inesquecível foi o episódio 9, Blackwater, onde acontece a primeira cena realmente épica de batalha no seriado.

[Só os fortes vão entender mais... Parece que nono episódio em Game of Thrones significa "turbulência a caminho", não é mesmo? ;) ]

O desfecho do episódio é emocionante, principalmente pela canção As chuvas de Castamere, interpretada pela banda The National - só eu ou mais alguém achou que o vocalista da banda tem uma voz bem parecida com a de Charles Dance, o ator que faz o todo poderoso senhor da Casa Lannister, Tywyn Lannister?

O que interessa é que a música traz todo um clima medieval pra cena em que é cantada no episódio - um momento de descontração de Bronn com os soldados dos Lannister em Porto Real. E pra quem joga RPG de fantasia, é uma trilha e tanto. Confiram no vídeo abaixo a versão do The National.


A canção está no volume 3 da saga, A Tormenta de Espadas (A Storm of Swords), no capítulo 39.


"E quem é você, disse o altivo senhor,
pra que a vênia seja profunda?
Só um gato com um manto diferente,
essa é a verdade fecunda.
Num manto de ouro ou num manto vermelho,
suas garras um leão mantém.
E as minhas são longas e afiadas, senhor,
como o senho as tem também.
E assim falou, e assim conversou,
o senhor de Castamere
Mas agora a chuva chora no seu salão,
e ninguém está lá para a ver.
Sim, agora a chuva chora no seu salão,
e ninguém está lá para a ver."

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X-Mario

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Para divertir um pouco. ;D



terça-feira, 19 de junho de 2012

Marcos Castro e A Lenda do Herói

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Música, videogame e YouTube. Uma combinação perfeita, não? Especialmente quando você encontra o trabalho de um sujeito chamado Marcos Castro, um verdadeiro bardo nerd. Além de comediante stand up e criador de paródias musicais com temática gamer (como Geração Coca-Cola, de Legião Urbana, que virou Geração Poké-Bola), ele bolou, junto com alguns parceiros, A Lenda do Herói. Trata-se de um machinima (resumidamente, animação baseada em videogame) com trilha sonora de jeitão medieval. O humor da letra é ótimo, brincando com vários dos conceitos aparentemente absurdos dos games de ação em plataforma 2D.

Chega de lero-lero. Fiquem com os vídeos e divirtam-se!




Espero que ele não demore muito para continuar essa aventura!

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terça-feira, 12 de junho de 2012

[Psicotrópicas] Boi-de-Fogo

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Agitava o caldeirão de gente
Com suas palavras pegajosas
Melífluas, gelatinosas, incoerentes

Ferviam pessoas nesse caldo
De cor repugnante e demente
De cheiro mazelado e grosseiro

Nem reparavam que se envolviam
em joguetes indecentes
Sofriam a indiscrição dos interrogatórios
Deixavam-se levar pelo teatro de lama
Chafurdando na bosta que fluía
da boca delinquente

Eram muitos iguais a ele
Tão iguais em suas máscaras de vidro
Desviando de pedras imaginárias
Com medo de revelar seus brios, seus cios

Mas um dia a pedra acerta o alvo
O teto, a máscara, a testa, o ego
Expondo a ferida, a alma apostemada

Eram muitos iguais a ele
O senhor dos bois-de-fogo
Tocando boiadas no silêncio
Causando incêndios com palavras

Não!
Não adianta não querer ver
É muito feio, mas não tem como não ver
O boi-de-fogo já passou
O fogo a tudo devorou
Só sobraram cinzas na língua

Eram muitos iguais a ele
O senhor dos bois-de-fogo
E um dia não haverá caldeirão, nem povo
Mas sempre haverá fogo

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sexta-feira, 8 de junho de 2012

Anarquia e fantasia em dois relançamentos imperdíveis

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A Panini está trazendo de volta às bancas e livrarias dois títulos muito bacanas. O primeiro é um clássico, que "reapareceu" na mídia com os movimentos #occupy pelo mundo, graças replicação (até exagerado) da famosa máscara do personagem anarquista que tenta derrotar o sistema. Trata-se de V de Vingança, de Alan Moore e David Lloyd. O segundo é mais recente, mas nem por isso menos fantástico. Uma série que já ganhou mais de 20 prêmios Eisner, costuma ser comparada ao universo riquíssimo de Neil Gaiman e agora está sendo reedita no Brasil. Estou falando de Fábulas, e de seu primeiro encadernado, Lendas no Exílio.

Ambos os títulos estão por preços bons e valem [MUITO] a pena pela distinta importância das duas obras no universo dos quadrinhos. 


V de Vingança
Uma poderosa e aterradora história sobre perda de liberdade e cidadania em um mundo totalitário bem possível, V de Vingança permanece como uma das maiores obras dos quadrinhos e o trabalho que revelou ao mundo seus criadores, Alan Moore e David Lloyd.

Encenada em uma Inglaterra de um futuro imaginário que se entregou ao fascismo, essa arrebatadora história captura a natureza sufocante da vida em um estado policial autoritário e a força redentora do espírito humano que se rebela contra essa situação. Obra de surpreendente clareza e inteligência, que traz inigualável profundidade de caracterizações e verossimilhança em um audacioso conto de opressão e resistência.

Originalmente publicado em:
V for Vendetta 1 a 10

Detalhes da edição
Formato americano (17 x 26)
308 páginas
Capa Cartão
Lombada Quadrada
Papel LWC
Publicação Especial
Preço: R$ 24.90
Distribuição Setorizada


Fábulas vol. 1 - Lendas no Exílio
Quem matou Rosa Vermelha? Essa é a única pergunta que se escuta na Cidade das Fábulas, onde as lendas dos contos de fadas vivem ao lado de nova-iorquinos. Mas somente Bigby Lobo, também conhecido como Lobo Mau, é capaz de encontrar a resposta para o mistério. E, ao lado de Branca de Neve, os dois são as únicas pessoas capazes de impedir que a comunidade entre em colapso devido ao choque de tão bárbaro crime!

Originalmente publicado em:
Fables 1 a 5

Detalhes da edição
Formato americano (17 x 26)
132 páginas
Capa Cartão
Lombada Quadrada
Papel LWC
Publicação Especial
Preço: R$ 18.90
Distribuição Setorizada


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terça-feira, 5 de junho de 2012

5 sabores da Itália na capital paraibana

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Para quem estiver em João Pessoa nesta quarta (06/06), a dica é o lançamento do livro 5 Jantares - Um Histórico de Famílias Italianas na Paraíba, dos jornalistas Felipe Ramelli e Maria Lívia Cunha. O debut será no restaurante Famiglia Muccini (Av. Navegantes, Tambaú, João Pessoa), a partir de 19h30. Para a noite de lançamento, haverá um cardápio exclusivo, a R$ 29,90, com degustação dos pratos do livro, mais sobremesa.

O livro é uma experiência de jornalismo literário, que foi o trabalho de conclusão dos autores no curso de Comunicação Social - Jornalismo, na Universidade Federal da Paraíba. Resgata de forma romanceada a memória das famílias Grisi, Perazzo, Di Lorenzo Marsicano, Magliano e Faraco através dos depoimento dos ítalo-paraibanos. Além dos relatos, o livro também traz receitas culinárias italianas, com modo de preparo e tudo. O livro pode ser adquirido no evento e custará R$ 30 - só será aceito pagamento em dinheiro.

Para mais informações sobre o livro - inclusive todos os percalços para produzi-lo - visite o site 5 Jantares Making-of.

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terça-feira, 29 de maio de 2012

[Psicotrópicas] Maré da vida

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Canais sem volta
Rios de memórias
Levam, as barcas, a vida à volta
Sem tempo para adeus
Quando viramos os rostos,
Nem acenos sobram para nós

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quarta-feira, 9 de maio de 2012

Paraísos Artificiais - Sentimentos lisérgicos

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Uma história de amor movida pelo destino e pelo desejo se sentir inteiro, embalada em viagens alucinógenas, música eletrônica e belas paisagens


Se você é "careta" e não curte drogas como cocaína, peiote, ecstasy, GHB (nunca tinha ouvido falar dessa) e afins, haverá um certo incômodo em assistir Paraísos Artificiais (2012), de Marcos Prado. Durante boa parte do longa, a sensação é que as drogas são um diverso e atraente bouquet de sensações transcedentais, desabrochando alegrias e incentivando interações sociais, sem nenhuma consequência.

Porém, se você é do tipo que "curte isso no Facebook", não terá do que reclamar - só não vale chiar hipocritamente dizendo que raves não tem nada a ver drogas, hein? Rodado na Praia do Paiva (Pernambuco), em Amsterdã e no Rio de Janeiro, Paraísos Artificiais não perde tempo discutindo os males dos entorpecentes nem trata o assunto com hipocrisia. Mostra sim que as raves e boates tem dessas coisas e que tem gente bem de vida enfiado até o pescoço nelas.

A narrativa fragmentada em três momentos e lugares diferentes, tão picotada que confunde no início, mais ou menos como em Amnésia, conta o relacionamento de três jovens a partir de um evento puramente casual e os desdobramentos que acontecem em suas vidas após esse encontro. Tudo embalado com música eletrônica e cultura rave. Se você não se identifica com nada disso, o filme será um pouco cansativo. Mas acredite, o "sacrifício" valerá a pena.

Até porque, tirando a excessiva presença desses elementos, o que fica verdadeiramente é uma história de amor não ortodoxa, mas onde o sentimento e a vontade de ser feliz estão presentes. Porém, essa felicidade não vem sem custo, muito menos sem dor. Tudo bem que em alguns momentos rola um certo ar novelesco, mas isso não tira o mérito do filme.

Erika (Nathalia Dill, em sua primeira protagonista no cinema e num papel ousado) é uma DJ brasileira que está fazendo seu nome em festas pela Europa. Nando (Luca Bianchi, uma cara relativamente nova) viaja até Amsterdã para realizar um negócio escuso e encontra Erika, com a qual vive um romance digno de sonho. E Lara (Lívia de Bueno) é uma grande amiga de Erika - diria até "algo mais" - que acompanha o início da carreira da DJ numa festa em Pernambuco.

Entre idas e vindas no tempo, o acaso comanda as situações, e, como já foi dito, confunde à princípio. Mas as pontas soltas vão se resolvendo lentamente, num passo lisérgico, até a cena de sexo mais criativa e chocante do filme - calma, nenhuma prática bizarra é mostrada. Apenas um fato que ocorre durante a cena e que dá estalo final na cabeça do espectador (se isso já não aconteceu até aqui), ligando muitos pontos anteriores e dando sentido ao todo.

Marcos Prado, diretor do fascinante Estamira, se arriscou na ficção e acertou a dose. Conseguiu fazer uma abordagem sobre drogas que não ficou puramente na crítica social, nem se perdeu no romance açucarado. A fotografia de Lula Carvalho também ajuda demais, compondo a atmosfera opressiva do presente de Nando, o clima alucinante das boates eletrônicas e o momento bucólico em Amsterdã. Para a produção, contou com o parceiro José Padilha. Interessante esse "revezamento" de tarefas, já que Prado foi produtor dos dois Tropa de Elite e de Ônibus 174, dirigidos por Padilha. Ou seja, aquele velho ditado de "em time que está ganhando, não se mexe" ainda faz algum sentido.

Paraísos Artificiais
Nota - 7.6/10



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quarta-feira, 2 de maio de 2012

Cine PE 2012 - Surpresas pessoais e decepção

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Na minha primeira e única noite de Cine PE 2012 - vários problemas me impossibilitaram de conferir o festival desde sua abertura, dia 26 de abril - o saldo foi... levemente positivo. Não é nenhum segredo que desde o primeiro dia, o festival vem se "queimando" por conta de várias falhas técnicas, que além de impedirem ou atrapalharem as projeções, causam transtornos por conta de mudanças na programação - uma tentativa de compensação para quem compareceu e não assistiu o que queria. Domingo, não foi diferente, mas vamos adiar um pouco essa parte...

Cheguei atrasado à sessão de Xingu, de Cao Hamburguer, exibido gratuitamente, às 16h. Meia hora de atraso, pra ser mais exato. E foi impressionante como, mesmo entrando de gaiato no navio, o filme conseguiu me marcar de forma boa. Mais um filme que prova a capacidade do cinema brasileiro.

Depois, foi a vez dos curtas. O documentário Di Melo - O Imorrível, de Alan Oliveira e Rubens Pássaro, foi o melhor da noite, com certeza! No meu caso, em particular, foi marcante por conhecer um pouco mais do pernambucano que sempre escuto no meu estágio, por conta da minha querida supervisora e amiga Micarla, que dentre as músicas de sua playlist, sempre põe Kilariô (ouça aqui). A empatia foi automática. O personagem é divertidíssimo e tem uma história marcante, como todas as "histórias de perdedor". Arretado!

O paraibano As Folhas foi o mais fraco dos três. Pareceu-me um filme feito nos corredores de algum curso de cinema, sem grandes acabamentos. O próprio diretor, Deleon Souto, reconheceu, em breve discurso de apresentação do filme, que era uma início de experiência cinematográfica. Apesar de uma temática até legal, porém já meio gasta (afinal muitos filmes têm se inspirado no Espiritismo nos últimos anos), não convenceu e levou aplausos burocráticos dos presentes.

O último curta, Cesar!, Gustavo Suzuki, foi anunciado como uma comédia sobre um nerd e seus amigos, num plano de vingança contra um playboy valentão da escola. Foi bem legal, mas não provocou metade do riso que eu esperava. Apelou demais para palavrões e situações absurdas. A maioria deve ter aprovado, visto os urros de riso durante a projeção, mas pra mim, sobrou apenas um riso meio amarelo. Mediano.

Alaíde (Hermila) e Hiroito (Daniel), em cena "romântica"
Para fechar a noite, o longa Boca, de Flávio Frederico, contando a história de Hiroito Joanides, famoso bandido da região da Boca do Lixo, zona de prostituição do centro de São Paulo. Ambientando nas décadas de 50 e 60 e com Daniel Oliveira e Hermila Guedes no elenco, o filme estava pra lá de interessante quando a projeção simplesmente parou, o barulhinho do projetor também, e logo todas as luzes do teatro foram acesas. Todos no local estava visivelmente consternados, sem entender nada do que acontecia. Eis que o produtor do filme sobe ao palco e explica: houve um erro na montagem do filme. Dividido em 6 rolos, o filme pulou do terceiro para o sexto rolo. Como era algo que poderia levar muito tempo para ser consertado, preferiu-se pela não exibição.

Ele ainda arriscou um "quem quiser esperar, vamos ver no que dá", ou algo assim, mas quase ninguém ficou para ver no que daria. Evasão quase completa dos quase 3 mil espectadores. A saída para resolver o impasse foi reexibir o filme ontem, em sessão gratuita.

Foram tantas alterações como esta na programação, por motivos semelhantes - ontem foi a vez dos curtas terem problemas... -, que o Cine PE sai meio manchado este ano. Para 2013, é bom que a organização do festival se afine para que problemas como os desta edição não se repitam. Quase todos os dias algum filme saiu prejudicado! É um desrespeito com público e realizadores. Torço para que ano que vem, o Cine PE seja melhor.

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Wesley Prado é recifense, leonino, quase jornalista e nostálgico. Lembra da queda do Muro de Berlin. Simplesmente louco por quadrinhos, RPG, livros e cinema. Criador do Caixa da Memória, mas humilde demais para querer ser chamado de deus ou papai.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Críticos de cinema, essa raça

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Por gostar de cinema e de ler jornal, desde muito cedo tive contato com críticas de cinema. Na minha adolescência, a internet ainda era um mera sombra do que hoje se tornou e ainda dependíamos muito do que os jornais e revistas traziam a respeito dos filmes. Mas as coisas mudaram, hoje qualquer um pode dar pitaco a respeito de um filme – este que vos escreve, inclusive – e o resultado é uma verdadeira salada de estilos e opiniões. Às vezes, um mesmo filme causa impactos variados, inspirando críticas tão diversas que se duvida se fulano e beltrano assistiram ao mesmo filme. (isso sem considerar o fator "ego inflado" que atinge 90% deles...)
Mas não é disso que quero tratar aqui. Queria comentar um pouco sobre os tipos de críticos de cinema, essa raça tão diversificada na era da web 3.0.

O Senhor da Verdade
(Criticus sapiens veritas)
Esse é um dos mais irritantes tipos de críticos que existem. Só ele fala a verdade, só ele sabe dizer se uma determinada obra presta ou não. Afinal, ele é deus, mesmo que negue isso. Depois de anos de estudo - embora seja impossível achar qualquer referência a respeito até mesmo sobre onde tenha cursado o ensino médio - essa espécie acredita piamente na sua suprema sabedoria. Tente contestar uma criatura dessas! O referido espécime irá revidar com argumentações pomposas, irônicas e, frequentemente, arrogantes. Negaria a teoria gravitacional de Newton se fosse possível, mesmo com todos dizendo (e provando!) que ele está errado. E quando admite o erro (um evento tão raro que é digno de registro em pelo menos quatro mídias diferentes, se possível), se desculpa sem se retratar. É como se você xingasse a mãe de todo mundo e, quando se visse cercado de pessoas colocando-o contra a parede, simplesmente dissesse: "olha foi mal, falei demais... mas ela é". Claro que o veritas não faz a coisa assim, tão na cara. Ele sabe ser sutil quando é preciso, embora geralmente faça o estrago semelhante a uma manada de rinocerontes atrozes descendo a Serra das Russas.

O Seguidor do Senhor da Verdade
(Criticus sapiens veritas discipulum)
Esse tipo costuma nascer por brotamento ou bipartição. Na verdade, eles nascem é da tabaquice extrema de serem baba-ovos profissionais dos veritas. Crêem que uma simples oficina ou minicurso ofertada por um veritas já o dota de todo vasto cabedal de conhecimento humano, permitindo a ele julgar, sem medo de errar, absolutamente tudo. A maior habilidade do discipulum é a mimetização: ele imita tão bem o veritas do qual se originou que chega a ser indiscernível! O discipulum não passa de um reprodutor do conhecimento alheio, acreditando que é impossível ser um bom crítico sem seguir o livro de receitas do seu progenitor.

O Blockbuster-Hater (ou O Amante do Filme de Arte)
(Criticus sapiens fundajis)
O fundajis é uma verdadeira praga. Toda redação de jornal, revista ou portal tem o seu, nem que seja por curta temporada. O fundajis começa sua vida na fase larval, nos corredores dos cursos de jornalismo ou cinema. Se já não era cabeça antes de passar no vestibular, ficará assim que tiver sua primeira aula de Crítica de Cinema. É frequentador assíduo do Cinema da Fundação e das sessões de arte nos Multiplexes (colocadas malandramente nos piores horários da face da terra, já notaram?). Mas se tem um lugar onde o fundajis se sentirá (ainda mais) em casa é num cineclube.
O fundajis dificilmente se limita a escrever sobre cinema: ele investe no cinema (de arte). Ele quer ser idolatrado pelos universitários cabeçudos, quer ter seus filmes passando nos circuitos alternativos da cidade (ou simplesmente em alguma aula de cinema ou jornalismo) e disputar prêmios em festivais mundo afora. A maior deficiência evolutiva do fundajis é sua estrutura cerebral, que o faz acreditar ser o melhor cineasta do mundo.
Para esse espécime, todo filme minimamente comercial é uma bosta. Se for blockbuster, então, é o próprio anúncio do apocalipse. Para ele, filme bom é filme iraniano. Daqueles que são um tédio e ninguém entende nada.

O Crítico Vendido
(Criticus sapiens jabbah)
Nunca confie no que um jabbah escreve sobre um filme! Todos os seus textos são sempre elogiosos demais, não conseguiria ver uma falha nem que ela chamasse por seu nome num megafone colado ao seu ouvido. É o tipo de sujeito que tem uma vasta (eu diria até beirando o infinito) coleção de filmes, CDs e livros (todos gentilmente cedidos para a editoria de cultura...) e sempre é convidado para todos os eventos de gravadoras, estúdios/distribuidoras ou editoras...

O Crítico Artista
(Criticus sapiens globalis)
O que raios o globalis pensa que faz? Em momento algum da história o globalis foi mais do que um nome conhecido na mídia. De repente, por motivos que até Deus (que é brasileiro, especialmente se você levar em conta Antônio Fagundes ou @OCriador) desconhece, o globalis acaba virando referência em crítica de cinema. Mas desde quando ele é isso? Nunca nem se ouviu falar da espécie como um grande entendedor de cinema e de uma hora para outra você é forçado a aceitá-lo como autoridade no assunto, especialmente quando se assiste a uma mal dublada noite do Oscar na TV aberta...

Bem, é claro que há muito mais que não foram mencionados aqui. Se alguém tiver alguma descrição dos espécimes não incluídos aqui, sinta-se a vontade para colaborar nos comentários. ;D

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sábado, 14 de abril de 2012

"Si este es el futuro que me espera, no lo quiero"

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Um vídeo de apenas 4 minutos tem dado o que falar no México, em pleno momento de campanha eleitoral para presidência do país. Produzido pela ONG Nuestro Mexico del Futuro, mostra crianças no papel de adultos. Até aí, não parece nada demais... Até que você repara que a maioria dos personagens são traficantes, corruptos, imigrantes ilegais e moradores de rua, retratando o que seria o futuro do México se o país continuar afundando cada vez mais na marginalidade, nos desvios públicos e até mesmo na degradação ambiental. Polêmico é pouco para descrever as cenas. Os detratores do vídeo defendem a integridade das crianças que participaram do vídeo. Quem apoia discute o teor [de fato, relevante] do vídeo, pois é justo nas eleições presidenciais que se cria aquele clima de "o que será do futuro?". O vídeo termina com uma menina mandando uma mensagem aos principais candidatos ao governo do México. Mais direta, impossível.
"Se este é o futuro que me espera, eu não o quero. Basta de trabalhar para seus partidos e não para nós. Basta de consertar o país bem por cima. Sra. Josefina, sr. Andrés Manuel, sr. Enrique, sr. Gabriel: o tempo acabou. O México já chegou ao fundo do poço. Vocês só querem a cadeira presidencial ou vão mudar o futuro do nosso país?"


A Nuestro Mexico del Futuro também produziu um vídeo onde os atores mirins comentam como gostariam que fosse o México do futuro deles. São opiniões no mínimo interessantes, onde a violência e as drogas são os alvos principais das críticas. Espontâneo ou não, consegue passar o recado do mesmo jeito.


Pessoalmente, não consigo ver mal no primeiro vídeo. Causa choque ver crianças atuando como marginais e políticos corruptos? Claro que sim! É essa a intenção, chocar. Fazer um vídeo com adultos provavelmente não chamaria nem um quarto da atenção que conseguiu - foram mais de 2,6 milhões de acessos no YouTube. E mais: todos esses pequenos serão adultos um dia, e se o país não se preparar devidamente, eles poderão, sim, acabar na rua, no narcotráfico, na imigração ilegal, na política corrupta. Então, que o candidato vencedor possa ao menos dar o ponto de partida para uma mudança positiva no México.

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Wesley Prado é recifense, leonino, quase jornalista e nostálgico. Lembra da queda do Muro de Berlin. Simplesmente louco por quadrinhos, RPG, livros e cinema. Criador do Caixa da Memória, mas humilde demais para querer ser chamado de deus ou papai.

Criatividade, a gente vê na Coca-Cola

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Uma campanha publicitária que encontrei no excelente blog Mídia Mundo chamou demais minha atenção. Aliás, não só a minha, mas a de muitos jovens na Austrália, pelo visto. Trata-se de uma estratégia inovadora e que apesar parecer louca do início, provou-se de uma genialidade sem igual.

Por incrível que pareça, a Coca-Cola não tinha grande penetração de mercado entre o público jovem australiano. Foi verificado, inclusive, que metade deles nem sequer tinham provado uma coke no mês anterior a campanha. A solução encontrada pela gigante dos refrigerantes foi dar nomes de pessoas às garrafas do viciante líquido negro. O que era uma simples e corajosa ação de marketing se desenvolveu de uma forma que trouxe rendimentos espetaculares à marca Coca-Cola. Sacada genial!

O vídeo abaixo dá mais detalhes sobre a campanha.

'Share A Coke' from Work For Awards on Vimeo.


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Wesley Prado é recifense, leonino, quase jornalista e nostálgico. Lembra da queda do Muro de Berlin. Simplesmente louco por quadrinhos, RPG, livros e cinema. Criador do Caixa da Memória, mas humilde demais para querer ser chamado de deus ou papai.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Abril Vermelho - 1 ano de Redbox

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A editora que reaqueceu o mercado de RPG nacional com o seu hit Old Dragon está completando 1 ano de atividades nesta data querida! E seguindo o clichê de "quem ganha o presente é você", a Redbox preparou uma sensacional promoção na sua loja virtual. Usando o cupom redbox1ano nas hora de comprar, você terá 25% de desconto. Sim, amigo, 25% de desconto, você não leu errado. E se isso já não fosse o bastante, todos os produtos estão com frete grátis!

A promoção é válida até 30 de abril ou até acabarem os estoques. É o Abril Vermelho da Redbox! Vale lembrar que o único produto fora da promoção é o Space Dragon, o mais recente título da editora e que está em pré-venda desde o início da semana.

Mas o Abril Vermelho não é só desconto e frete grátis, não senhor! A editora anunciou lançamentos especiais para este mês, e o primeiro já revelado é Lady Blackbird, um módulo de RPG pronto para jogar, com sistema e ambientação próprios. A edição brasileira, assim como a original, será gratuita (é presente, pô!) e deve estar disponível até o fim do mês. Além disso, mais suplementos gratuitos para Old Dragon, uma para The Shotgun Diaries e a versão fast play do Space Dragon. Não é por acaso que a Redbox tem crescido tanto e acumulado uma legião de fãs em tão pouco tempo.

Tá esperando o que? Corre pra loja virtual da Redbox e faça sua feirinha rpgística!

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Wesley Prado é recifense, leonino, quase jornalista e nostálgico. Lembra da queda do Muro de Berlin. Simplesmente louco por quadrinhos, RPG, livros e cinema. Criador do Caixa da Memória, mas humilde demais para querer ser chamado de deus ou papai.

terça-feira, 3 de abril de 2012

[Psicotrópicas] Cidades Putas

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São 15h. Como odeio estas meias-tardes modorrentas, tão mortas quanto pássaros abatidos a tiros de badoques por moleques endiabrados. Nem ao menos uma chuva para acalentar o calor intragável dessa cidade em pleno verão tropical. Mas também, nem ia adiantar muito. Seria trocar o calor pelo caos de canaletas entupidas, a água sem ter para onde correr. Recife e sua irmã, Olinda (ou seria mãe, visto que esta é mais velha que aquela?), são como duas putas acostumadas a pisa de macho safado. Bonitas, cheias dos encantos e enfeites, se encontram malamanhadas pela constantes surras que sofrem diariamente.

Aí como queria largar essas duas! Quem sabe me entregar nos braços de puta modernosa feito São Paulo, vestindo a última moda de Milão e com o nariz enfiado em cocaína. Epa, minto eu. O negócio que ela curte agora é crack. Pó é para os fracos. Melhor não. Se envolver com puta drogada pode ser bacana no início, mas depois cansa, vira caso de internação ou de polícia. Quiçá, caixão e vela preta. Passo.

Mas tem também aquela safada, Rio de Janeiro, de pernas abertas pro mundo o ano inteiro. Vive de pele bronzeada nas areias bem frequentadas de Copacabana pela manhã, e nos bailes funk e rodas de samba noite adentro. Ouvi dizer, porém, que ela tá cheia das más companhias. Tem sido vista aos amassos com “chefes” de morro, mulata numa mão e AR-15 na outra. Pior: já me disseram que até com jogador do Flamengo ela tem andado... Melhor esquecer essa também. Com puta mal frequentada, basta pegar na mão. A sua reputação ou o seu pinto, ao menos um dos dois sai podre nessa história.

Mas será que num sobrou nenhuma outra? Nenhumazinha? Natal é linda, faceira como Deus quis, mas só quer saber de turista europeu, cheio de amor (e euros) pra dar. Sorry, baby, mal tenho dinheiro pro aluguel, quanto mais pra te sustentar. Quem sabe, se um dia a coisa melhorar... Maceió e João Pessoa, aquelas pequenas provincianas... Casaria com elas se não fossem tão lesinhas, tão paradinhas. E se você um dia me vir aos agarros com aquela Salvador, pode chamar a ambulância e me internar!

Tem outras tantas oferecidas por aí, cheia de abraços e chaves de perna (pra não dizer de outras coisas), aqui e lá fora, do outro lado do mar. Mas depois de tanto tempo, tanto conviver, de saber o gosto, de saber que não vou esquecer esse gosto e trocar por outro, de sentir o sal do mar no beijo gelado do vento, do ruge-ruge e das patadas cotidianas, do inusitado e do comum do dia a dia, quer saber de uma coisa? Não largo essas duas quengas, Olinda e Recife, por nada nesse mundo! Pode me chamar de besta se quiser. Mas depois, não morra de inveja. Afinal, quantos podem dizer por aí que pegaram duas, mãe e filha, ambas jeitosinhas, cheias de charme, hein?


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